Projeção consta do estudo inédito “Os impactos da pandemia no setor de turismo e eventos e os efeitos do PERSE na sua recuperação”, elaborado pela Fundação Dom Cabral
Estudo inédito da Fundação Dom Cabral aponta que a renegociação de dívidas tributárias e não tributárias com a União viabilizada pelo Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE) possibilitará aos cofres públicos uma arrecadação que ultrapassará os R$18 bilhões. Intitulada “Os impactos da pandemia no setor de turismo e eventos e os efeitos do PERSE na sua recuperação”, a pesquisa foi apresentada na noite desta terça (21) em jantar realizado no Centro de Convenções Royal Tulip Alvorada Brasília para celebrar o primeiro ano de vigência do programa, o único criado exclusivamente para um setor da economia criado durante a pandemia do coronavírus (covid-19).
O PERSE engloba um conjunto de cinco leis (14.046, 14.148, 14.161, 14.179 e 14.186), que abrangem cinco pontos importantes para o segmento: refinanciamento de dívidas, créditos para sobrevivência das empresas, desoneração fiscal, manutenção de empregos e condições de adiamento e cancelamento de atividades. “O nosso objetivo com o estudo é mostrar que todo o esforço do setor, com o apoio da Câmara Federal e Senado, de aprovar um programa que protegesse o setor mais impactado pela pandemia deu resultados positivos nos âmbitos fiscal, econômico e trabalhista”, salienta o empresário Doreni Caramori Júnior, presidente da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – ABRAPE, que encomendou a pesquisa.
O estudo da Fundação Dom Cabral comprovou que, com o suporte do PERSE, o segmento mostrou resiliência e se tornou o grande vetor da economia nacional no cenário pós-crise. Os números do PIB aferidos em 2022 terminaram com alta de 2,9%, impulsionados principalmente pelo crescimento de 11.5% das atividades classificadas como “outros serviços”, que englobam aqueles prestados às famílias como o turismo, hospedagem, alimentação fora do lar e recreação, que fazem parte do hub do setor de eventos. No que se refere à geração de oportunidades de trabalho, os setores de turismo e eventos foram responsáveis por 14,36% dos empregos formais gerados ao longo do ano de 2022, segundo informações do Ministério do Trabalho, relatados no estudo.
A pesquisa revelou, no entanto, um ponto de atenção: a mortalidade das empresas do setor continua alta. “Houve uma variação negativa de 3% no número de empresas, enquanto a economia como um todo apresentou variação positiva de 3%. Este cenário demonstra a importância de se manter as conquistas do PERSE e aprofundar as políticas públicas destinadas ao nosso segmento”, reforça Doreni Caramori Júnior.
A apresentação do estudo fez parte da Missão realizada pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – ABRAPE em conjunto com outras entidades que fazem parte do movimento “Vamos com Eventos e Turismo”, para celebrar o primeiro ano de vigência do PERSE e apresentar os resultados econômicos e sociais que a medida vem promovendo. Além da ABRAPE , o grupo conta com a Resorts Brasil, a Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil (Adibra) e o Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat).