Dados do Radar Econômico da ABRAPE apontam, também, que a estimativa de consumo no primeiro trimestre foi de R$ 28 bilhões, o melhor resultado dos últimos cinco anos
Criado para proporcionar segurança e proteção ao segmento de cultura, turismo e entretenimento afetado pela pandemia do coronavírus (covid-19), o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE) continua impactando positivamente a geração de empregos e a movimentação da economia no país. Isso é o que atestam os números do Radar Econômico, levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – ABRAPE, com base em dados do Ministério do Trabalho e Previdência e IBGE.
Enquanto que, em 2019, o estoque de empregos (que representa a quantidade de pessoas com carteira assinada) no hub setorial era de 3.449.288 milhões, neste ano o índice aferido é de 3.546.547 milhões. “Mais do que o crescimento de 2,8%, é importante notar que, em um tempo muito curto, o segmento não só recuperou como superou os resultados do cenário pré-crise. Isso reforça a importância que o PERSE tem para que o nosso segmento continue impulsionando a economia”, salienta o empresário Doreni Caramori Júnior, presidente da ABRAPE.
O Radar Econômico apresenta, também, dados comparando os desempenhos de geração de oportunidades dos primeiros trimestres nos últimos anos. Os resultados foram: 1º trimestre de 2021 (1.547 empregos), 1º trimestre de 2022 (55.639 empregos) e 1º trimestre de 2023 (43.747 empregos). Explica Doreni: “É uma instabilidade natural, pois a retomada, no ano passado, promoveu o retorno de eventos que estavam paralisados, uma demanda reprimida. Isso só reforça que o PERSE precisa continuar, para que se consolide o processo de resgate do setor”.
Outro dado importante é a estimativa de consumo. De acordo com o levantamento da ABRAPE, os índices atingiram, nos três primeiros meses do ano, a marca de R$ 28 bilhões, o melhor trimestre dos últimos cinco anos.
Senado O PERSE é o único programa do Governo Federal direcionado para um setor da economia criado durante a pandemia e que engloba um conjunto de cinco leis (14.046, 14.148, 14.161, 14.179 e 14.186). Abrangem cinco pontos importantes para o segmento: refinanciamento de dívidas, créditos para sobrevivência das empresas, desoneração fiscal, manutenção de empregos e condições de adiamento e cancelamento de atividades.
Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou Medida Provisória que garantiu a isenção de tributos para empresas do segmento de cultura, turismo e entretenimento no âmbito do programa. A matéria está, agora, nas mãos do Senado. “Vamos apresentar aos senadores, detalhadamente, todos estes números e benefícios do PERSE, como fizemos na Câmara dos Deputados. Não há motivos para o cenário mudar”, conclui Doreni Caramori Júnior.