Levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – ABRAPE aponta que, juntas, 52 áreas da cadeia produtiva registraram um crescimento de 8,8% na geração de vagas de trabalho em 2021, em relação ao ano anterior.
O segmento de eventos de cultura e entretenimento começa a dar sinais de recuperação no país, após a longa crise provocada pela pandemia do coronavírus (Covid-19). De acordo com Radar Econômico, levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – ABRAPE com base em dados do Ministério do Trabalho e Previdência, o hub setorial que envolve 52 áreas da cadeia produtiva registrou um crescimento 8,8% na geração de empregos em 2021, em relação ao ano anterior.
Em números, isso significa que 268 mil vagas de trabalho foram geradas em atividades como hospedagem, operação turística, gastronomia, estrutura de limpeza, segurança, entre outras, que são diretamente impactadas pela realização de eventos. “Isso comprova a importância de se proteger o nosso setor, como defendemos ao longo da pandemia. Temos a capacidade de impactar a geração de empregos de forma rápida, movimentando a economia, que é o que o país precisa no momento”, salienta o empresário Doreni Caramori Júnior, presidente da ABRAPE.
Em 2019, o levantamento apontou a geração de 3.506.431 vagas de trabalho, em 2020, 3.052,826, e, em 2021, 3.320,835. O hub acumula, portanto, uma perda líquida de 185.596 empregos em relação ao período pré-pandemia. “Ainda estamos em processo de recuperação, mas otimistas. Temos o suporte do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE), que tem sido essencial para a sobrevivência das empresas nessa retomada das atividades”, destaca Doreni.
Resultado da luta empreendida pela ABRAPE e outras entidades da cadeia produtiva, o PERSE é o único programa do Governo Federal direcionado para um setor da economia criado durante a pandemia e engloba um conjunto de cinco leis (14.046, 14.148, 14.161, 14.179 e 14.186). Abrangem cinco pontos importantes para o segmento: Refinanciamento de dívidas, créditos para sobrevivência das empresas, desoneração fiscal, manutenção de empregos e condições de adiamento e cancelamento de atividades.
Números O hub setorial da cadeia do segmento de eventos de cultura e entretenimento no país envolve 6,2 milhões de pessoas, entre empregadores, empregados e microempreendedores individuais (MEIs). Representa um total de 647.828 empresas, 2.460.555 MEIs, que movimentam R$ 62,4 bilhões em massa salarial e R$ 41,9 bilhões em impostos federais. O faturamento é de R$ 334,2 bilhões (4,52% do PIB).