Além disso, o volume de atividades turísticas apresentou um aumento de 4,6%. Os dados constam do Radar Econômico, levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – ABRAPE
O PIB do setor de eventos de cultura e entretenimento registrou crescimento de 2,7% no acumulado dos últimos 12 meses em comparação ao mesmo período do ano anterior. Com isso, apresentou resultado acima da média nacional (2,5%) e também dos principais setores da economia, com exceção da agropecuária (6,4%). Além disso, o volume de atividades turísticas apresentou um aumento de 4,6%. Os dados constam do Radar Econômico, levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – ABRAPE com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério do Trabalho e Previdência.
O estudo aponta que o core business do setor de eventos apresentou, até maio, um crescimento médio de 46,6% no índice de estoque de empregos (total de vagas disponíveis em um mercado de trabalho) em relação a 2019, período anterior à pandemia do covid-19. O índice registrado em 2024, até o mês aferido, foi de 163.269, enquanto que, em 2019, 111.401. Envolvendo as áreas de organização de eventos, exceto culturais e esportivos; atividades artísticas, criativas e de espetáculos; atividades ligadas ao patrimônio cultural e ambiental; atividades de recreação e lazer; e produção e promoção de eventos esportivos, também apresentou outro índice positivo recentemente: um crescimento, nos cinco primeiros meses do ano, de 24,2% na geração de empregos em relação ao mesmo período de 2023. Foram criadas 10.239 vagas, sendo 1.622 só em maio.
Já o hub do setor apresentou, até maio, um crescimento médio de 20,2% no índice de estoque de empregos em relação a 2019. O índice registrado em 2024, até o mês aferido, foi de 4.147.330, enquanto que, em 2019, 3.449.288. O hub envolve 52 atividades econômicas como operadores turísticos, bares e restaurantes, serviços gerais, segurança privada, hospedagem etc, áreas diretamente impactadas pelas atividades de cultura e entretenimento.
“Mais uma vez os números comprovam que o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE) vem permitindo uma rápida retomada após o longo período de paralisação provocado pela pandemia. É sempre importante destacar que o segmento ainda sofre com os efeitos nocivos da crise, mas vem demonstrando grande resiliência, em virtude da proteção que o PERSE vem proporcionando. Os índices positivos revelam isso, mas ainda são registradas algumas instabilidades em decorrência dos efeitos da crise”, reforça o empresário Doreni Caramori Júnior, presidente da ABRAPE.
Ele se refere aos números empregos formais gerados pelo hub setorial. Entre janeiro e maio, foram criados 76.537 novos postos de trabalho, número menor do que o obtido no mesmo período de 2023 (91.086). Apesar de registrarem um acréscimo, vieram abaixo na mesma referência temporal e um segmento, o de hospedagem, registrou saldo negativo (-918). Doreni comenta: “Um dos grandes argumentos que sustentam a necessidade da proteção ao setor proporcionada pelo PERSE é justamente o fato de que os efeitos da pandemia ainda iriam reverberam por um longo período. Mesmo que comemoremos dados positivos com frequência, sempre estamos atentos às instabilidades normais. Sem os instrumentos do programa, muitas empresas estariam sem a segurança necessária para sobreviverem e investirem”.
Consumo A estimativa de consumo no setor, nos cinco primeiros cinco meses do ano, chegou a R$ 53 bilhões, resultado 8,5% superior ao mesmo período de 2023 (R$48 bilhões). Em maio, o índice chegou a R$10,65 bilhões. Foi o melhor resultado para o período desde que a série histórica deste indicador iniciou em 2019. O levantamento leva em consideração o peso atribuído mensalmente pelo item Recreação do Índice de Preços no Consumidor (IPCA) e a massa de rendimento real mensal dos trabalhadores aferidos pela PNAD/M (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE.