Levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – ABRAPE aponta que, no ano passado, o hub setorial chegou a acumular estoque de 3.617.274 empregos como um todo no Brasil; como um todo, representa mais de 15% das oportunidades de trabalho no país
O setor de eventos de cultura e entretenimento encerrou 2022 como um dos grandes vetores da economia e promoção de oportunidades de trabalho no país, como atesta o Radar Econômico, levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – ABRAPE com base em dados do Ministério do Trabalho e Previdência divulgados recentemente. O Brasil gerou 2.037.982 empregos formais no ano passado. Desses, o hub setorial representou 14,36% e o core business do segmento, 0,91%.
O core business abrange as áreas de organização de eventos, exceto culturais e esportivos; atividades artísticas, criativas e de espetáculos; atividades ligadas ao patrimônio cultural e ambiental; atividades de recreação e lazer; e produção e promoção de eventos esportivos. Já o hub envolve 52 atividades econômicas como operadores turísticos, bares e restaurantes, serviços gerais, segurança privada, hospedagem etc, atividades que são diretamente impactadas pelas atividades de cultura e entretenimento.
“Em 2022, o hub setorial chegou a acumular estoque de 3.617.274 empregos como um todo no Brasil. Com isso, há 110.843 empregos a mais do que em 2019, período anterior à pandemia do coronavírus (covid-19), crescimento de 3,2%. Os números comprovam que as políticas de proteção ao segmento, como o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE), impactaram na geração de empregos e na movimentação da economia”, salienta o empresário Doreni Caramori Júnior, presidente da ABRAPE.
O PERSE é o único programa do Governo Federal direcionado para um setor da economia criado durante a pandemia e que engloba um conjunto de cinco leis (14.046, 14.148, 14.161, 14.179 e 14.186). Abrangem cinco pontos importantes para o segmento: refinanciamento de dívidas, créditos para sobrevivência das empresas, desoneração fiscal, manutenção de empregos e condições de adiamento e cancelamento de atividades.
Carnaval Outro índice importante é o consumo no setor. Entre janeiro e novembro de 2022, a estimativa de no setor foi de R$ 91,5 bilhões. “É sempre importante esclarecer sobre o impacto econômico e social do segmento de cultura e entretenimento. Envolvemos 52 atividades econômicas e muitas cidades e regiões Brasil afora têm no setor o grande motor da geração de receita e empregos. Somos responsáveis por 4,32% do PIB nacional e movimentamos, anualmente, R$ 270 bilhões em mais de 590 mil atividades em todo o país”, explica o executivo.
O Carnaval é um exemplo. A Confederação Nacional do Comércio (CNC) projeta que a festa promove uma movimentação financeira de R$ 8,18 bilhões, impactando todo o hub setorial: alimentação (R$ 3,63 bi), transporte de passageiros (R$ 2,35 bi). hospedagem (R$ 890 milhões) e equipamentos de lazer e cultura tem projeção (R$ 780 milhões). O evento deve gerar, ainda, quase 25 mil vagas temporárias.